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Querida Sandra...

Coisa maluca essa que é a vida. Eu tenho me sentido mal. Não ruim como das últimas vezes a ponto de querer morrer. Mas eu ando cheio de dificuldades, uma loucura só. Dinheiro é curto, pessoas dependem de mim, eu tenho planos e pensamentos. Descobri que a falta de recursos mexe com o menor dos seus valores. Eu não tô passando fome, não tô com problemas desse tipo, mas eles rondam bem de perto, não sei como será no mês que vem. Na semana que vem na verdade já é um enigma absurdo. Mas acho que preciso agradecer. Agradeço por tudo o que passei. Se tive que comer uma linguiça a menos pensando no amanhã, eu agradeço pq posso gerênciar a minha vida. Se eu usei a roupa por mais de um dia pq não sabia quando teria sabão, eu agradeço por ter roupas. Se deixei de ir ao cinema, ao parque, ou qualquer tipo de lazer, que bom que eu acumulei livros, ainda tenho acesso ao Netflix e posso me divertir com meu marido e meus bichinhos. Ainda tenho acesso a internet, tenho móveis, ainda tenho tet
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Depender é foda

Querida Sandra, Olha, eu entendo que a sociedade se baseia em codependencia, mas é extremamente dificil. Eu não tenho boa saúde mental, isso e domínio público, eu sou cansado de tudo e do mundo, ai enormes bostas acontecem na minha vida. Recentemente eu perdi o emprego, vire e mexe eu me pergunto se eu fui errado, ou o que foi, mas sempre tento me lembrar que eu tentei ao máximo sabe, eu errava em coisas que não tinha controle, então melhor não se lamentar. Mas é difícil não se lamentar quando a sua vida é um turbilhão de merda. Estou indo para 3 meses desempregado e as contas começaram a bater na porta com mais urgência, estou profundamente preocupado com isso e cogitando pegar qualquer emprego para pagar as contas, mas ai entro em desespero pensando que foi justamente qualquer emprego que me deixou a mente toda fudida. Não foi só isso, claro, mas eu tenho um enorme medo de piorar e quando for o momento perder outra chance de ser alguém melhor, ter um emprego melhor e viver

Está difícil

Querida Sandra, Muita coisa tem acontecido. Hoje percebi quanto tempo faz que eu não tenho uma memória boa. Eu estava buscando alguma memória feliz para dormir e relaxar minha mente e me dei conta de quanto tempo faz. A primeira que veio a minha mente fazem 1 ano e 7 meses, de quando fui contratado no IBOPE Inteligência. O curioso é que passei um ótimo momento lá com minha efetivação e eu sequer lembrei, pois foi um momento absurdamente conturbado. Pois hoje nem estou mais trabalhando lá. A outra memória veio com a minha entrada na faculdade e eu não faço ideia de quantos anos tem isso, afinal eu não terminei essa faculdade e estou penando com ela até hoje. Isso me fez pensar em como minha vida anda ruim. E então em fico triste porque estou me vitimizando, mas esse sentimento é tão forte sobre mim que eu sucumbo. Passo noites sem dormir, não quero me levantar da cama, tenho absurdo mal humor e nada parece me alegrar, não choro, mas sinto minha vida se escorrendo dentro de mim

Nada da certo

Querida Sandra, Espero que essa carta te encontre bem. Eu estou péssimo. Acabei de saber da minha mãe que ela pretendia deixar eu e meu namorado sozinhos. Não vou nem me aprofundar na questão financeira, afinal eu não tenho é nos próximos anos não terei capacidade para manter a casa em que moramos agora. Meu namorado ajuda em uma conta ou outra, quase todo o salário de estagiário dele vai para a faculdade. Mas o pior mesmo é ela ficar longe. Onde essa mulher vai morar? Com quem? Eu planejei minha vida inteira de ficar com ela até o fim, afinal ela não tem ninguém além de mim. Ela começou a falar sobre eu estar casado e que ela precisa ir, não queira explicar exatamente o porquê. Sinceramente, parece outra crise de vitimismo. Ela quis voltar a trás e falar que ignorasse tudo, mas eu perguntei como eu poderia ignorar se ela estava infeliz. A resposta veio de que ela nunca foi feliz, nem será. Quanto a felicidade dela eu não posso fazer muita coisa, afinal é a vida dela, ela que

Vitimismo insuportável

Querida Sandra, Hoje tive uma epifânia! Quem se faz de vítima, é vítima de si mesmo. Eu estou cansado de conviver com esses seres humanos que se fazem de vítima e reclamam de sua própria condição. Eu sei que parece um conteúdo de uma carta intolerante, mas eu tenho dificuldade de entender essa pessoa. Ela deixa que os outros façam ela de gato e sapato, quando pedem uma coisa abusiva (além da capacidade ou do escopo das atividades do seu serviço) ao invés de falar não ela aceita, se sente abusada, mas não enfrenta seu abusador. Porque na realidade ela criou esse abusador. No instante que ele pediu a primeira coisa além ela não disse não. Claro que não estou tirando a culpa do abusador. Mas a solução tem de partir dela. Dizer um não para aquilo que você não tem escopo ou capacidade de fazer é uma redenção, não só para você, mas para quem pediu, pois se você não tem plena capacidade de executar o serviço sai mal feito. A valorização tem de partir de si mesmo. O pior não é só o dan